O 1º de maio sempre foi uma data
especial para a vida da Pastoral Operária.
Em todos os períodos da sua trajetória,
a PO sempre celebrou esta data
dando a importância que a mesma ocupa
na historia do movimento operário
internacional.
Durante a ditadura militar, especialmente
na década de setenta e início dos
anos oitenta, nenhuma organização ousava
fazer uma manifestação pública para
celebrar o 1º de maio. Como a Igreja era
o único espaço de manifestação pública
na época, guardadas as devidas proporções,
a PO foi um instrumento importante
para que a classe trabalhadora resgatasse
o verdadeiro sentido da data.
O compromisso continuou e continua,
vigiando para que o significado do 1º de
maio não se perca nas ondas
avassaladoras do sistema capitalista. Afinal
o 1º de maio não é dia de festa. Devemos
manter viva a memória dos operários
de Chicago e de tantos outros mártires
da nossa história.
Nessa conjuntura difícil, abafada por
nuvens desse cruel sistema que oprime e
massacra, precisamos oxigenar nossas
mentes e acostumar nossos corações a
ouvir os sinais dos tempos. Perceber, por
exemplo, o milagre acontecendo em várias
iniciativas construídas pela resistência
e a criatividade do nosso povo. Os
passos firmes de homens e mulheres,
rumo ao alcance daquilo que acreditam,
não deixa de representar um gesto de
compromisso.
Faz-se necessário resgatar, valorizar e
re-memorizar historicamente o espaço da
mulher conquistado na sociedade e, sobretudo
no mundo do trabalho. Esta trajetória
foi acontecendo evolutivamente
sob a esfera de um contexto cultural
preconceituoso e opressor.
Portanto, é importante enfatizar o dia
do trabalhador e da trabalhadora
relembrando as mulheres lutadoras que
construíram a história de um passado
marcado pela dor em um futuro promissor
cheio de conquistas e de novas esperanças.
No entanto, a classe trabalhadora envereda
numa luta pelo bem comum, quando
luta para garantir os direitos conquistados
com o suor e o sangue de vários
trabalhadores e trabalhadoras e buscam
garantir novos e necessários direitos. O
povo sai às ruas e praças da cidade, fazendo
valer seus direitos e, sobretudo,
sua dignidade humana. É o grito pela a
igualdade e a justiça social, é o grito em
defesa da vida.
Para isso precisamos romper com qualquer
forma de individualismos e indiferença
para semear e cultivar a cultura da
solidariedade, algo indispensável no mundo
que insiste em banalizar a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário