Relato - Seminário e Acampamento das PJs do RS e 33ª Romaria da Terra
Com o lema: “Quilombos: Terra, Trabalho e Inclusão”, ocorreu no dia 16 de fevereiro (terça feira) de carnaval a 33ª Romaria da Terra,na cidade e diocese centenária de Santa Maria no Parque Santuário de Nossa Senhora Medianeira no centro de Santa Maria(RS).
A romaria foi procedida pelo "Acampamento Quilombola",preparado pela CPT, Diocese de Santa Maria,Movimento Negro Unificado( MNU),Agentes de Pastoral Negros(APNs),nos pavilhões da Cooperativa Esperança,que conversaram sobre a questão quilombola no estado,e o "Acampamento da Juventude", no parque da Medianeira,organizado pelas Pastorais da Juventude(PJR, PJE, PJMP, PJ, IPJ),onde os jovens conversaram sobre o"extermínio de jovens e a questão do trabalho",nos dias 14 e 15 de fevereiro.
A PO esteve presente no acampamento e seminário estadual das PJs, colaborando com a temática do Acampamento e seminário, Chega de Violência e extermínio de jovens, com ênfase no mundo do trabalho. Mateus fez uma memória da PO no Brasil e no RS, após entrou no Agir, levando a proposta da Economia popular e Solidária como alternativa as violências cometidas nos locais de trabalhos. Sendo os Jovens as maiores vitimas de violência no mundo do trabalho. Teve o lançamento do livro: "Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora do Rio Grande do Sul" de Clarice Fátima Dal Médico da Pastoral Operária, pela editora Oikos, foi anunciado pelos integrantes da PO Rs, Frei Orestes e Mateus de Marco. Nos pavilhões teve a feira dos empreendimentos de economia popular solidária.
No palco que se torna inter religioso, se encontram a babalorixá Carmem, os bispos D.Hélio Rubert( Santa Maria),D.Sinésio Bohn( Santa Cruz do Sul), D. Gilio Felicio ( Bagé),D. José Mario Stroeher( Rio Grande),Irmã Lourdes Dill do projeto Esperança,representantes dos quilombos e o prefeito municipal Cezar Shimer (PMDB).
Após as saudações da babalorixá Carmem,da representante dos quilombos,do prefeito Cezar Shimer e de D. Hélio Rubert, teve uma linda encenação apresentado por representantes dos movimentos quilombolas urbanos e rurais de Santa Maria.
Após as saudações a via sacra do povo em sentido ao Parque,com quatro paradas,onde milhares de romeiros e romeiras,meditaram e rezaram sobre o sofrimento dos pobres da terra,do povo negro,sobre o extermínio de jovens pelas drogas e violência e sinais de ressurreição como a organização popular,simbolizado pelo Projeto Esperança. No trajeto foram lembrados os mártires como o sem terra Elton Brum da Silva,Zumbi,Ir.Dorothy Stang e Ir Adelaide Molinari. Em frente a procissão foi um grupo de capoeirista e no meio a cruz que foi carregada por todos os romeiros.
No santuário foi rezada a Santa Missa por D. Alessandro Ruffioni, D.Hélio Rubert, D.José Mario, D.Sinésio Bohn, a leitura do evangelho foi feita pelo Pe. Eleutério Conrado Junior e a pregação a cargo de D. Gilio Felicio e com celebrada por um bom número de padres, foi lida a carta da CNBB em apóio e defesa dos quilombolas. A tarde apresentações culturais, que foram desde música sacra ao hip hop, pronunciamento de militantes do movimento quilombola,negro,via campesina e do romeiro Olivio Dutra,que participa desde a primeira romaria da terra.
Nos pavilhões teve a feira dos empreendimentos de economia popular solidária.
E foi denunciado a política da direita em tornar inconstitucional o decreto 4.887,que"reconhece como legitima das comunidades quilombolas as terras em que estão. Os romeiros e romeiras,junto com os movimentos sociais do campo e da cidade,se comprometem em lutar em defesa das comunidades quilombolas e contra o extermínio da juventude e em defesa de um novo modelo de inclusão.
Por Lazaro Torma e Mateus de Marco – PO RS
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
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