Pastoral Operária RS

Somos uma Pastoral Social a serviço da classe trabalhadora urbana, organizada, composta e dirigida pelos trabalhadores/as.
www.flickr.com/photos/demarco13/

estamos nas regiões:
* região Sul - Pelotas e Rio Grande;
* região Central - Cachoeira do Sul e Santa Cruz;
* região Macro Norte - Soledade
* região Metropolitana


sexta-feira, 18 de junho de 2010

II Conferência Nacional de Economia Solidária 

15,16,17 e 18 de junho de  em Brasilia - DF

A PO\RS esta representada na II CONAES - 2010, como entidade de acompanhamento,assessoria e formação - Sociedade civil.
Mateus De Marco, como delegado escolhido na II CONAES no RS representando a Pastoral Operária- RS .

Etapa preparatória envolveu 15.800 pessoas, 2.894 municípios e 187 conferências territoriais

A Segunda Conferência Nacional de Economia Solidária (II Conaes) reunirá entre os dias 16 a 18 de junho, em Brasília, 1.600 delegados e 200 convidados de todo o Brasil, representantes do poder público, de organizações sociais e de empreendimentos econômicos solidários de todo o Brasil.

A nova edição da conferência, convocada pelo Conselho Nacional de Economia Solidária com apoio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), debaterá o tema 'O direito às formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperativa e na autogestão, reafirmando a economia solidária como estratégia e política de desenvolvimento'.

A II Conaes começou a ser preparada em janeiro, com a realização de 187 conferências territoriais, que abrangeram 2.894 municípios brasileiros e 15.800 participantes de segmentos representativos locais da Economia Solidária. Em seguida, outras 27 conferências, então estaduais, contaram com a participação de 4.659 pessoas.

Durante as conferências regionais foram discutidos livremente os eixos temáticos a serem debatidos na conferência nacional, o que gerou um conjunto significativo de contribuições. Para o Secretário Nacional de Economia Solidária Adjunto, Fábio Sanchez, os números das conferências territoriais e estaduais demonstram o engajamento em torno da economia solidária no Brasil.

"E mostram também a abertura do estado brasileiro às formas de democracia direta e com participação da sociedade civil na construção de políticas públicas", diz Sanchez; que conclui: "O desafio é entender todas essas etapas que fazem parte da II Conaes como processo contínuo de democratização do estado brasileiro, não apenas como momentos pontuais".


Mateus De Marco

quarta-feira, 26 de maio de 2010

É PRORROGADO O EDITAL DE AGENTES DO BRASIL LOCAL

Divulgamos que o Edital de contratação de Agentes de Desenvolvimento Local e Economia Solidária do Projeto BRASIL LOCAL foi prorrogado para o dia 06 de junho de 2010.
Para as seguintes cidades:Santo Augusto, Sapucaia do Sul, Alegrete, Bagé, Cruz Alta, Jaguarão, Santa Rosa, São Lourenço, Caxias.
Os/as Interessados/as podem baixar o edital no link deste blog ou acessar www.avesol.org.br e obter mais informações.

Para quem quiser participar pode enviar curriculo para os seguintes endereços: avesol@avesol.org.br ou assessoria.avesol@avesol.org.br

Maiores informações com os Articuladores estadual : Mateus De Marco ( 51) 85439849 e Luis Teixeira (51) 85113796

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA No 01/2010 PROJETO BRASIL LOCAL

PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA No 01/2010 PROJETO BRASIL LOCAL
Aviso número 02: RESULTADO DO PROCESSO SELETIVO
Cargo: Articuladores Estaduais: RS, SC e PR.
A Associação do Voluntariado e da Solidariedade – AVESOL, em atendimento ao
disposto no Convênio no. 720.038/2009, por seu representante, informa os resultados referente ao Processo Seletivo Número 01/2010, para o cargo de articulador nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Candidatos selecionados:
Rio Grande do Sul: Luíz Francisco Teixeira e Mateus de Marco;
Santa Catarina: Idalina Maria Boni;
Paraná: Carlos Emar Mariucci e Rodrigo Luís de Souza;

Porto Alegre, 27 de abril de 2010
Amabile Gentile Biazus
Presidente da AVESOL

terça-feira, 27 de abril de 2010

LUTAR NÂO É CRIME!!

Juventude quer viver: contra o extermínio



" Agradeço pelo empenho de tantas vozes dispersas
até agora
Vamos juntos/as,girar o mundo
chega de violência e extermínio de jovens"
( Pe. Gisley 14/06/2009)
No dia 22 de abril em todo o Brasil a Pastoral da Juventude,iniciou a " Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens".
A Pastoral Operária nestas quatro décadas fiel ao Evangelho de Jesus o operário de Nazaré,que convida a todos e a todas " para que tenham vida em abundância" ( Jo 10,10).
E fiel a classe trabalhadora,luta pela a humanização do mundo do trabalho e contra a exclusão social,que gera a desumanização e a crescente concentração de riqueza.
A Pastoral Operária se une a Pastoral da Juventude( PJ Estudantil, Meio Popular, Rural), na luta e na campanha contra a violência e o extermínio de jovens,na construção de uma cultura de Paz,da civilização da solidariedade e do amor.
Segundo o escritor e repórter francês George Berna nos de que " a febre da juventude conserva o mundo em temperatura normal". Exige um trabalho de formação permanente com os jovens tornando os pensadores críticos diante da realidade que os cerca,além de destruir o velho bordão de " que a juventude é o futuro do pais".
A Juventude deve ser protagonista das mudanças necessárias para o seu próprio desenvolvimento e futuro.
Temos visto nos noticiarios e a olho nú nas nossas ruas e avenidas,campos,casos envolvendo os jovens diretamente ou indiretamente com a criminalidade.
Sabemos que os jovens e adolescente são vulneráveis as propagandas apresentadas pelo capitalismo e o neoliberalismo sobre a vida fácil do consumismo.
A sociedade de consumo nos transforma em consumidores desde a infância,os produtos usados pela artista ,ator ,jogador,apresentador famoso ,como pelo vencedor do reality show do momento. Os jovens são barrados no mercado de trabalho pela desculpa da falta de experiência,bem como a evasão escolar,que faz com que caem na precarização do trabalho e no uso de drogas ilícitas e lícitas.
São as principais vitimas da violência diretamente ou indiretamente,onde 46% já perderam algum familiar ou amigo de morte violenta e 38% presenciaram algum crime.( Instituto da Cidadania).
Muitos caem nas garras do crime organizado,como soldados do narcotráfico,matando inocentes,sendo executados pelas drogas,crack,que os mata,detroi as suas familias e a comunidad que os rodeia,bem como lotando o precario sistema presinal que não resocializa ninguém,mas os joga na criminalidade.
Na 16ª Assembleia Nacional da PO em 2008,tiramos como bandeira de luta: " Apoiar as diversas iniciativas da juventude".
Para nós a aida contra o extermínio está no respeito a dignidade humana,a diversidade social,autonomia política frente as instituições e a defesa da juventude.Que exige mudanças no modelo economico e construção de novas alternativas e relações de trabalhop,como a economia popular solidária,a execução de políticas públicas para a juventude e a classe trabalhadora e uma espiritualidade libertadora.
Queremos construir uma sociedade justa e fraterna lutando pel supremacia do trabalho sobre o capital,rompendo com o sistema capitalista,construindo um novo modo de produção socio-ecologico em vista de uma nova cultura do trabalho como fonte de realização da pessoa humana em todas as dimensões na vivência do reino de DEUS.
Queremos convidar a todos,sem distinção d credo, ideologia,classe,etnia,gênero a se unir nestá campanha e construir uma cultura de Paz, Amor e Solidariede.
"Chega de Violência e Exterminio de Jovens"
Júlio Lázaro Torma

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Viva o 1º de Maio o nosso DIA!

O 1º de maio sempre foi uma data
especial para a vida da Pastoral Operária.
Em todos os períodos da sua trajetória,
a PO sempre celebrou esta data
dando a importância que a mesma ocupa
na historia do movimento operário
internacional.
Durante a ditadura militar, especialmente
na década de setenta e início dos
anos oitenta, nenhuma organização ousava
fazer uma manifestação pública para
celebrar o 1º de maio. Como a Igreja era
o único espaço de manifestação pública
na época, guardadas as devidas proporções,
a PO foi um instrumento importante
para que a classe trabalhadora resgatasse
o verdadeiro sentido da data.
O compromisso continuou e continua,
vigiando para que o significado do 1º de
maio não se perca nas ondas
avassaladoras do sistema capitalista. Afinal
o 1º de maio não é dia de festa. Devemos
manter viva a memória dos operários
de Chicago e de tantos outros mártires
da nossa história.
Nessa conjuntura difícil, abafada por
nuvens desse cruel sistema que oprime e
massacra, precisamos oxigenar nossas
mentes e acostumar nossos corações a
ouvir os sinais dos tempos. Perceber, por
exemplo, o milagre acontecendo em várias
iniciativas construídas pela resistência
e a criatividade do nosso povo. Os
passos firmes de homens e mulheres,
rumo ao alcance daquilo que acreditam,
não deixa de representar um gesto de
compromisso.
Faz-se necessário resgatar, valorizar e
re-memorizar historicamente o espaço da
mulher conquistado na sociedade e, sobretudo
no mundo do trabalho. Esta trajetória
foi acontecendo evolutivamente
sob a esfera de um contexto cultural
preconceituoso e opressor.
Portanto, é importante enfatizar o dia
do trabalhador e da trabalhadora
relembrando as mulheres lutadoras que
construíram a história de um passado
marcado pela dor em um futuro promissor
cheio de conquistas e de novas esperanças.
No entanto, a classe trabalhadora envereda
numa luta pelo bem comum, quando
luta para garantir os direitos conquistados
com o suor e o sangue de vários
trabalhadores e trabalhadoras e buscam
garantir novos e necessários direitos. O
povo sai às ruas e praças da cidade, fazendo
valer seus direitos e, sobretudo,
sua dignidade humana. É o grito pela a
igualdade e a justiça social, é o grito em
defesa da vida.
Para isso precisamos romper com qualquer
forma de individualismos e indiferença
para semear e cultivar a cultura da
solidariedade, algo indispensável no mundo
que insiste em banalizar a vida.

Encontro Estadual da RECID/RS

Ola, povo da PO e demais companheiros e companheiras de lutas e utopias!

Estivemos nos dias 09,10 e 11 de Abril, em Viamão no Centro de Formação Sepé Tiaraju, para encontro Estadual da RECID/RS - com propósito de articulação estadual da RECID e projetar o nosso trabalho de base.
 A PO/RS estava representada por  Mateus De  Marco e pela região Macro Norte o Maikon Martins da PO de Soledade e integrante da Coordenação da COOPERAFI- Soledade .
Houve um importante momento de Análise da conjuntura pelo Selvino Heck, trazendo em forma de textos da Carta Capital, Editoriais de Jornais estaduais. O principal desses textos é o Ataque do PIG ( Partido da Imprensa Golpista) contra os movimentos sociais, contra o Governo Lula e a pré candidatura da Dilma. De forma que nega-se todo o processo e acumulo desses ultimos oito anos, pois lutas foram feitas com derrotas e algumas vitórias...salientava Selvino, vamos ter que disputar, com mais firmeza a efetivação de um Projeto Popular para o Brasil.
A articulação na Região Macro Norte da RECID, esta com a companheira Elisiane do MMC e o Maikon estara também fazendo a articulação em Soledade pela PO e a COOPERAFI .
Logo estaremos colocando as fotos do encontro no Blog!!!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS

CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS

A CUTRALE Ocupa Terra Pública da União e Trabalhadores Rurais são presos no Estado de São Paulo.

Tem a presente nota a finalidade de esclarecer, informar e denunciar graves fatos decorrentes de conflitos.


1. Das origens da disputa.



Em primeiro lugar, os esclarecimentos são necessários à compreensão das ocorrências conflituosas na região de Iaras e Borebi, pois, têm sua origem na apropriação de terras da União por parte da Cutrale.

Há constatação de que os imóveis em questão são bens públicos federais, configurando-se ilegítimas e injustas, a posse e apropriação por parte da empresa, bem como as benfeitorias que são de má-fé. A Cutrale realizou o plantio das mudas de laranja já sabedora de que a área era pública federal, desde 03 de janeiro de 2006.

Nesse impasse, houve tentativa de negociação por parte dos órgãos federais com a empresa em relação às terras ilegalmente ocupadas. Negociação essa, que se arrastou por mais de dois anos, havendo até proposta de permuta de imóveis para que se apressassem as tratativas de acordo entre as partes.

O imóvel reivindicado pela União teve a imissão de posse concedida ao INCRA, em sede de Tribunal Regional Federal de São Paulo.

Mas, enquanto a CUTRALE mantinha conversações com os órgãos federais e com os trabalhadores rurais, a empresa obteve a cassação da imissão de posse e abandonou as conversações e a própria negociação para a possível permuta de terras.

O retorno à estaca zero, para a obtenção de mais de mil hectares de terras para a Reforma Agrária, causou absoluta revolta aos movimentos sociais que estavam na expectativa de serem assentados e, finalmente serem beneficiários do acesso à terra: essa é a verdadeira razão dos atuais conflitos fundiários na região de Iaras.




2.Das ações policiais.



Informamos nesta nota que as ações da Polícia Civil e a decisão judicial que culminaram na prisão temporária de 7 trabalhadores rurais da região de Iaras, em 26 de janeiro do corrente, evidenciam a deliberada intenção de acirrar o conflito social.

A criminalização dos trabalhadores e a apreensão de equipamentos, objetos de uso pessoal, ferramentas de trabalho, e produtos agrícolas como defensivos, fertilizantes, calcário, óleo diesel e outros, dão mostras de arbitrariedade e pré-julgamento. Tais objetos são de uso regular e cotidiano de quaisquer agricultor, além do mais, não há comprovação por parte da Polícia de que esses bens sejam de propriedade da empresa denunciante,

Também é estranho que os trabalhadores rurais, ora detidos, jamais foram intimados oficialmente para prestarem esclarecimentos sobre o inquérito instaurado, sendo que têm endereço fixo e conhecido no Município onde moram.

A prática e a atuação das instituições envolvidas na repressão aos movimentos sociais e sua conseqüente despolitização, reproduz a visão das classes dominantes e proprietárias de negarem, sistematicamente, o direito do povo de se organizar e reivindicar seus legítimos e constitucionais direitos.

Transformar o ancestral problema agrário brasileiro em crime comum tem sido a tática dos setores mais conservadores e truculentos da sociedade brasileira. É um atraso que pode impedir o avanço e o desenvolvimento do país com verdadeira justiça social.

3.Do espetáculo midiático



Por fim denunciamos, com veemência, que as prisões efetuadas preocupam-se sobremaneira em criar espetáculos na mídia, ao invés de respeitar a dignidade de cada trabalhador e de seus familiares em seu respectivo direito de defesa.

Enquanto as instituições envolvidas apressam-se em declarar culpados e condenados os trabalhadores, oferecendo todo o tipo de informações aos órgãos de imprensa, não são capazes de garantir sequer o direito constitucional de defesa, algumas vezes impedindo e outras dificultando o acesso aos autos aos advogados, que devem ter completo conhecimento das razões de tais ações penais, para a melhor defesa de seus assistidos.



Conclamamos por JUSTIÇA!

* A TERRA PÚBLICA DA UNIÃO É PARA A REFORMA AGRÁRIA
* CONTRA A CRIMILIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS



Assinam a nota:

Associação Brasileira de Reforma Agrária/ABRA

Comissão Pastoral da Terra

Pastoral Operária

Centro de Defesa de Direitos Humanos Margarida Maria Alves

Centro de Defesa de Direitos Humanos Campinas

Conselho Regional de Psicologia Sub-sede Bauru

Partido dos Trabalhadores – Bauru

Instituto Acesso Popular

Centro de Direitos Humanos Evandro Lins e Silva

Coletivo APEOESP na Escola e na Luta

FERAESP – Federação dos Empregados e Assalariados Rurais do Estado de São Paulo

PSOL

Secretaria Agrária do PT – São Paulo

Intersindical

Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares – RENAP

CUT Estadual

Observatório de Direitos Humanos da UNESP

Grupo Contra a Violência e Violação dos Direitos Humanos

DCE da UNICAMP

Sindicato dos Empregados Rurais de Duartina

Núcleo Agrário do PT Nacional

Conselho Regional de Serviço Social - Bauru

NÃO É DIFERENTE DE NENHUM DELES – TEM APEGO AO PODER E VAIDADE DE SER O PAPA


Laerte Braga

A imprensa alemã dispõe de depoimentos envolvendo diretamente o cardeal Joseph Ratzinger em casos de pedofilia ao tempo em que era apenas um sacerdote. São acusações graves e os jornais e revistas que receberam as denúncias (envolvem também o irmão do papa) decidiram apurá-las in totum e ter o mínimo de segurança para divulgá-las. Têm consciência do significado desse fato. Da sua gravidade

Ratzinger foi ordenado sacerdote em 1951 e sua participação na Juventude Hitlerista é apontada como tendo sido “obrigatória”. Os jovens alemães àquela época dentre eles os alunos de seminários teriam sido obrigados a ingressar já Juventude Hitlerista. O registro feito após a sua escolha para suceder João Paulo II dá conta que Bento XVI não era um participante “entusiasmado” do grupo.

Já o documento secreto do Vaticano que instrui bispos sobre como tratar a pedofilia na Igreja deixa claro que o então cardeal Ratzinger determinava que os casos fossem apurados, mas mantidos em sigilo. As punições ocorreriam no âmbito da própria Igreja e não implicariam em afastar os responsáveis do exercício do sacerdócio. No máximo suspensão por um determinado período.

O cerne do problema não está necessariamente aí. O caráter conservador de Bento XVI dá seqüência às revisões feitas em importantes decisões tomadas por João XXIII e Paulo VI.

A eleição do cardeal polonês Karol Wojtyla foi produto de um acordo da Igreja norte-americana através do cardeal Marcinkus com boa parte do Colégio Cardinalício diante da crise financeira que o Vaticano enfrentava e da necessidade de abortar a Teologia da Libertação em franco progresso numa América Latina de maioria católica e vivendo um período de efervescência política.

Padres e bispos envolvidos em processos políticos de transformações sociais não interessavam aos norte-americanos e um papa polonês (país então comunista) cairia como uma luva na ofensiva que acabou resultando no fim da União Soviética.

Os cardeais hoje celebram missas para golpistas que derrubam governos constitucionais, caso de Honduras, ou sorriem como aconteceu na fracassada tentativa de golpe contra o presidente Chávez na Venezuela, em 2002.

O favorito àquela época, a eleição de João Paulo II, era o brasileiro Lorscheider. Os progressistas entendiam que o Concílio Vaticano II abria as portas para um papa latino-americano.

João Paulo II iniciou um trabalho de desmonte da maior parte das reformas que ensejavam aberturas para a Teologia da Libertação na América Latina, juntou-se aos norte-americanos em ações coordenadas por Marcinkus para ataques frontais a União Soviética e uma inquisição comandada por Ratzinger afastou sacerdotes como por exemplo o brasileiro Leonardo Boff.

A imagem de “santo homem” de João Paulo II foi construída por um extraordinário trabalho de marketing.
Marcinkus terminou seus dias na condição de foragido. A justiça italiana decretara sua prisão por fraudes financeiras com o Banco do Vaticano e associação com as máfias italianas.
Joseph Ratzinger, em seguida à morte de João Paulo II, no discurso nas exéquias do papa, se impôs como seu sucessor e não deixou qualquer outra perspectiva para os cardeais. Foi o concílio mais rápido da história das eleições de papas.
O resultado disso é uma Igreja limitada a uma ortodoxia que dia a dia estreita seus caminhos e faz com que perca fiéis em todas as partes do mundo, mesmo porque os norte-americanos perceberam que é mais barato comprar pastores neopentecostais como o brasileiro Edir Macedo. Isso para a América Latina e países africanos. Macedo hoje é ponta de lança de uma ofensiva religiosa para tentar chegar a países árabes e diminuir o poder e a maioria dos muçulmanos.

A Igreja Católica Romana, pouco a pouco, vai se encolhendo e sendo acuada em escândalos que servem muito mais a interesses políticos que propriamente aos repugnantes casos de pedofilia ou abusos sexuais de qualquer natureza, levando em conta que uma ampla investigação sobre esse assunto terminaria em boa parte do atual Colégio de Cardeais, implicaria arcebispos e bispos, muito além de padres, sem falar nas denúncias feitas à imprensa alemã sobre o papa.
É bom comprar organizações semelhantes à de Edir Macedo, mas ter um contrapeso para evitar que o “bispo” se transforme em alguém com tal poder que fique difícil controlá-lo no futuro.

É interessante notar que a ofensiva contra a Igreja a partir da pedofilia partiu dos Estados Unidos.
O Vaticano não é mais um aliado importante e o papa é apenas uma lamentável figura tentando segurar um império em franca decadência.

O que era um instrumento de transformação política, econômica e social está tomando ares de seita, pois permanecem as perseguições a sacerdotes que se opõem ao nazi/fascismo da cúpula atual em Roma.
No Brasil, por exemplo, maior país católico do mundo, a criação de um grupo chamado Renovação Carismática é uma volta aos tempos da fé cega e sem sentido, desprovida de consciência, mas provida da alienação semelhante à imposta pelos neopentecostais.
No fundo uma tentativa de sobrevivência.

Bento XVI não vai renunciar, exceto diante de um fato de suma gravidade, mas certamente, vai viver dias de amargura e decepção. Não será reconhecido como um grande papa, apenas um desastre total e absoluto para a Igreja.

É simples entender isso. A mão direita escapa todas as vezes que o papa distrai e à semelhança do cientista no filme de Kulbrick, proclama Heil Hitler.
Se quisermos entender Bento XVI fazendo um paralelo com alguém no Brasil, podemos compará-lo a Fernando Henrique Cardoso. Uma figura montada em vaidade extrema, cheia de diplomas, mas pronto a qualquer negócio desde que renda poder e lucro. E principalmente capas de revistas como alguém que salva alguma coisa. Um enterra a Igreja Católica, outro enterrou o Brasil em seus oito anos de “papado”.

As acusações contra o papa à época que era um sacerdote na Alemanha devem terminar num grande acordo, caríssimo, uma cortina de silêncio em torno do assunto e o papa refém dos grandes grupos políticos e econômicos que controlam o mundo capitalista.

No fundo a máxima mafiosa, “nada pessoal, apenas negócios”.

Nota de Falecimento - Companheira da CEB´s

 
Marisa Camargo 
     Faleceu na madrugada deste sábado (5h), 03 de abril a leiga integrante da Coordenação Diocesana de Liturgia, CEBs e da Comunidade São José Operário da Paróquia Cristo Rei, Marisa Camargo.
     Marisa Camargo colaborou muito  na formação de leigos (as) da Diocese de Cruz Alta. Conhecida no Rio Grande do Sul e no Brasil todo, pelo frutuoso trabalho que ao longo dos anos realizou na área da Liturgia e da Formação em geral.
     A Diocese de Cruz Alta, consternada manifesta seu luto e convida todos para Celebração da Esperança, hoje às 16h na Capela Mortuária do Bairro Modelo – Ijuí.
 
Fonte: Coordenação Diocesana de Pastoral

terça-feira, 30 de março de 2010

Seminário, mostra e formação EPS e CF 2010

Seminário, mostra e formação EPS e CF 2010

PROJETO POPULAR COM DIREITOS HUMANOS

PROJETO POPULAR COM DIREITOS HUMANOS

Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS

O texto a seguir, elaborado para o Encontro de Articuladores do Grito, desenvolve algumas observações sobre a temática do Projeto Popular. Utiliza as metáforas da semente, da árvore e do fruto para uma melhor visualização do assunto. Em poucas palavras, procura mostrar como o projeto popular pressupõe direitos básicos de cidadania e como esses direitos, por seu turno, pressupõem uma ação popular contínua. Na base está o lema da 16º edição do Grito dos Excluídos: Onde estão nossos direitos? Vamos sair às ruas para construir o projeto popular! Nem precisaria acrescentar que as reflexões abaixo possuem um pano de fundo e um fio condutor.

O pano de fundo é o contexto de um projeto popular que se encontra numa verdadeira encruzilhada. Do ponto de vista organizativo e político, sofreu revezes, perplexidade, indignação, desencanto... Numa palavra, crise! Mas a encruzilhada simboliza o lado positivo da crise. Ou seja, depois dos golpes sofridos, levantamos a cabeça, damos a volta por cima e nos deparamos com uma bifurcação de alternativas. Encruzilhada supõe escolhas, opções criteriosas, maduras.

O fio condutor é de que o canal político-partidário é um caminho estreito. Por sua natureza, tem como objetivo a conquista do poder. Evidente que não podemos perdê-lo de vista, abandoná-lo aos oportunistas de plantão. Mas também não podemos gastar aí nossas energias vitais. É preciso direcioná-las para o fortalecimento dos grupos de base, das organizações populares, das lutas livres, autônomas e plurais. Numa palavra, ao lado da via partidária, é urgente fortalecer o que Gramsci chama de “sociedade civil organizada”. Não basta eleger representantes do povo, é necessário que este encontre seus próprios canais de participação. E que crie instrumentos e mecanismos de controle do poder público e do orçamento da União. A democracia representativa será uma farsa, se não for complementada por formas diretas de participação democrática.
A semente

De um ponto de vista negativo, o projeto popular não tem geração espontânea, não aparece do dia para a noite. Não nasce na mata cerrada, nem se colhe maduro. Não vem dos centros do poder estabelecido, seja este de caráter sócio-econômico, político-cultural ou religioso. Tampouco se fabrica nos escritórios dos movimentos ou organizações sociais. Não é fruto de laboratório. Não se engendra nos corredores da burocracia, das leis e das instâncias decisórias.

Em termos positivos, o poder popular nasce do chão. Mergulha no solo úmido suas raízes mais profundas. Cresce para baixo, antes de buscar o ar livre, o sol, a luz, o ar fresco. Gesta-se no ventre escuro da terra: lentamente, silenciosamente, laboriosamente. É semente invisível antes de ser planta, folha, flor e fruto. É embrião antes de ser organismo, sonho antes de ser construção. É força energética que revolve o terreno da história, buscando nela sendas ocultas.

O projeto popular se levanta do chão, como a espiga, como o edifício, como a cidade. Jamais vem de cima, ergue-se sempre a partir de baixo. Da mesma forma que a vinha ou o pé de feijão, cresce livre, solto e selvagem. Indomável! Só depois é que vem a estaca que o mantém de pé, a estrutura que o organiza. No seu desenvolvimento, há o tempo da semeadura, há o tempo da maturação e há o tempo da colheita. Dificilmente uma geração acompanha o processo de ponta a ponta. Além do mais, a colheita torna-se nova semeadura, o ponto de chegada novo ponto de partida. Jamais chegamos a um projeto pronto, acabado, absoluto. Cada etapa é trampolim para a etapa seguinte.
Em uma determinada situação histórica, o projeto popular enxerga alternativas, abre veredas novas, descobre potencialidades em ação. É real e virtual ao mesmo tempo, ou melhor, analisa a realidade presente a partir das possibilidades futuras. Mas antes trata de conhecer o passado para não repetir seus erros. É capaz de detectar as fissuras ocultas da atual formação econômica, social, política e cultural, concentrar-se nos pontos de fuga, vislumbrar horizontes desconhecidos. De preferência, ergue tendas nômades, não fortalezas inacessíveis; é caminho, não chegada; é mais movimento que organização. Move-se e faz mover a história. Não tem datas precisas, mas constitui um fluxo indeterminado no tempo e no espaço.

Inicialmente, os protagonistas do poder popular costumam ser nomes e rostos anônimos. Aos poucos, vão ganhando contornos mais definidos. O movimento faz a liderança, não o contrário. Como dizia Antonio Gramsci, “o líder não é aquele que conduz a massa, mas aquele que se deixa conduzir por ela”. Familiarizado com seus problemas, lutas e aspirações, é capaz de sistematizá-las, devolvê-las ao chão da história, permitindo assim um passo avante. Instala-se uma espécie de circularidade dialética: povo e líder se fortalecem mutuamente, um nutre e se nutre do outro, na construção conjunta de um novo edifício social.

Sucedem-se então as etapas: a massa engendra o povo e este cria movimentos e organizações, lideranças, encontros, assembléias, formas de mobilização. A cada esquina, porém, há pedras e espinhos, há obstáculos e contradições. O processo não é necessariamente linear, evolutivo, progressivo. Há avanços e recuos, inimigos desconhecidos podem aparecer, muitos podem passar para o outro lado. As fronteiras de luta nunca são definidas com absoluta precisão. A todo o momento, é preciso refazer as estratégias. O importante é jamais perder de vista o horizonte do projeto. Horizonte que, convém repetir, sempre se afasta à medida que dele nos aproximamos.
A árvore

O projeto popular pressupõe a defesa, a conquista, a ampliação e a universalização dos direitos básicos. Direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. Alimento, vestuário, habitação, saúde, educação, segurança, transporte, terra e trabalho, salário justo, lazer, participação, expressão cultural e religiosa... Enfim, tudo aquilo que mantém inviolável a integridade física, a dignidade humana e a cidadania efetiva. Trata-se de buscar vida e vida em qualidade, não apenas sobrevivência. Esses direitos pressupõem, por sua vez, um desenvolvimento justo, solidário e sustentável, voltando não para a acumulação de capital, e sim para as necessidades fundamentais da população. Nesta, é necessário ter presente os setores abandonados, indefesos, excluídos, cuja vida encontra-se mais ameaçada. Com razão pergunta a 16ª edição do Grito dos Excluídos: Onde estão nossos direitos? É uma pergunta que jamais deve calar!

A metáfora da árvore pode nos ajudar a visualizar o crescimento e consolidação do projeto popular. Numa primeira etapa, prioriza-se o trabalho de identificar, mapear e fortalecer as milhares de iniciativas que já estão em curso: padarias comunitárias, hortas coletivas, associação de artesãos ou bordadeiras, construção de cisternas, reciclagem de materiais, grupos de educação e formação, produção familiar, entre tantas outras. Deparamos aqui com mini, micro e médios projetos de economia solidária. Raízes profundas de uma árvore nem sempre visível. Por isso, mais do que “inventar a roda”, trata-se de dar visibilidade a uma série de experiências localizadas, as quais, na medida em que permanecem isoladas, tendem a diluir-se no contexto predominante da economia de mercado.

Passa-se então a uma segunda etapa. Criar e/ou aprofundar canais de integração entre essas iniciativas. Fazer crescerem o tronco e os ramos da árvore. É o trabalho de estabelecer parcerias, estender conexões recíprocas. Um projeto solitário dificilmente contribui para a transformação social. Daí a necessidade de juntar as forças, descobrir canais de comunicação, levá-las às ruas e praças. Somente assim podem se tornar fatores de mudança. Quando os protagonistas dessas experiências coletivas e solidárias se dão conta que não estão sós, as energias se multiplicam. O grito e a luta de uns torna-se o grito e a luta de todos. A árvore amplia sua copa, oferece casa aos pássaros, sombra e frutos aos peregrinos.

Uma árvore isolada no meio do campo, porém, permanece ameaçada pelos ventos, pela tormenta e pelos raios. Tempestades políticas e político-partidárias, que facilmente manipulam o projeto popular em benefício de seus interesses e privilégios. Com frequência, as classes dominantes neutralizam as energias sociais ou as utilizam contra a própria população. Nas últimas décadas, a política brasileira em seus três poderes tem sido cenário de escândalos, uso indevido do poder, tráfico de influência... Dinheiro público que se perde nos ralos escusos e escuros da corrupção. Os privilégios da Casa Grande, dos senhores, seguem contrastando com os favores da Senzala, dos escravos. Mas enquanto os privilégios são intocáveis, os favores são incertos.

O desafio da terceira etapa é ampliar o número de árvores e, ao mesmo tempo, conferir-lhes uma visão mais ampla. Não basta cuidar zelosamente da minha planta, do projeto em que estou envolvido. É preciso erguer a cabeça. olhar a floresta como um todo. Nesta perspectiva, a metáfora da árvore se entrelaça com a metáfora da rede, unir o trabalho local com a visão global. Aqui há um segredo: quanto mais particular uma iniciativa, mais universal ela o será. A universalidade de um projeto popular passa, necessariamente, pela profundidade de uma experiência local. Voltando ao exemplo da árvore, na mesa global da vida, um abacateiro só poderá oferecer abacates na medida em que mantém suas raízes bem fincadas no seu terreno local, extraindo dele os nutrientes necessários à sua existência.

Na história recente do Brasil, não é difícil uma dupla constatação: de um lado, florescem as iniciativas particulares e localizadas nos mais diferentes biomas e regiões do país, respondendo a necessidades bem concretas; de outro, elas ganham uma caixa de ressonância e ampliam sua força nas Semanas Sociais Brasileiras, na Campanha Jubileu Sul, na Consulta Popular, no Grito nacional e continental, nos Plebiscitos, na Auditoria Cidadã, na Assembléia Popular, e em tantos outros movimentos e organizações de natureza mais geral.

O fruto

Os itens anteriores mostram que o fruto é resultado de um longo processo de conscientização, organização e mobilização. Não resulta de um ato único e acabado, mas de um esforço contínuo. Coloca-se sempre e novamente a necessidade de voltar às ruas. De, a cada ano, trazer o grito de seus porões e esconderijos, de seus grotões mais longínquos. Erguer o grito e ocupar os espaços públicos da cidade, do campo, dos periódicos, dos telejornais, de toda mídia.

Desfilar à luz do dia o rosto desfigurado de milhões de famintos, de sem-teto e sem-terra; de jovens sem trabalho e sem rumo, órfãos e perdidos nos caminhos da droga e da violência; de crianças abandonadas, sem carinho e sem infância; dos prisioneiros e das mulheres prostituídas, lesionadas em sua integridade física e moral; dos errantes em êxodo do campo para a cidade, sem emprego e sem futuro; dos imigrantes em situação irregular, explorados em oficinas precárias e insalubres; dos indígenas, quilombolas e afro-brasileiros, secularmente estigmatizados... Enfim da enorme multidão de mutilados em seus direitos fundamentais, privados de família, de calor humano, de cidadania e de uma pátria que os acolha.

A pergunta não quer calar: Onde estão nossos direitos? Se o país é rico em terra e água, em indústria e agroindústria, em petróleo e minério, em grãos e carne, em variadas fontes energéticas, em investimentos internacionais, em alegria, energia e festa, por que o povo em sua maioria continua pobre e excluído? Não, a pergunta não pode mesmo silenciar, está na atmosfera, no ar que se respira. Sua trajetória vem desde as primeiras edições do Grito, em meados da década de 1990. Incômoda e insistente, a pergunta retorna: onde estão os direitos básicos do cidadão brasileiro?

Mas ela retorna com um apelo antigo, mas sempre renovado: Vamos às ruas para construir um projeto popular! De fato, só o trabalho de nossas mãos, o calor de nossos corações e a reflexão de nossas mentes pode fazer a árvore dar frutos. Quem é capaz de revolver a terra e fazê-la produzir, manipular o ferro, o aço e a madeira, erguer casas e prédios, também será capaz de costurar novas relações sociais e políticas. Quem transforma a matéria bruta, pode transformar o espírito. Quem recicla materiais desperdiçados, é capaz de reciclar a economia, a cultura, a própria civilização. Quem gera e cuida da vida, varre e cozinha , ensina e acaricia, ama e trabalha, também pode sair às ruas e às praças para construir um projeto de sociedade justo e solidário. Um projeto social e ecologicamente sustentável.



São Paulo, 26 a 28 de março de 2010

sábado, 20 de março de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

Fundo Ecumênico de Solidariedade divulga critérios para aprovação de projetos

Fundo Ecumênico de Solidariedade divulga critérios para aprovação de projetos
16 de março de 2010

Fonte: Cáritas Brasileira

Pela terceira vez, a coleta da solidariedade em 2010 será realizada em todas as Igrejas do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) pela terceira vez ecumênica e terá como tema “Economia e vida” e lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24c).
A coleta é uma das formas de expressão da vivência fraterna entre os cristãos, que considera os irmãos e irmãs mais excluídos e manifesta-lhes o seu amor. Seu objetivo é arrecadar recursos para apoiar projetos sociais que promovam “uma economia a serviço da vida, sem exclusões, contribuindo na construção de uma cultura de fraternidade e paz”.
O Fundo Ecumênico de Solidariedade (FES), assim como o FNS é constituído por 40% da coleta nacional e também das doações livres e voluntárias dos membros das comunidades eclesiais e de outras pessoas de boa vontade. Em 2010 as doações serão destinadas ao apoio de iniciativas de desenvolvimento de uma economia fundada na solidariedade, com práticas de cooperação entre as pessoas e de convivência harmoniosa com a terra. A campanha vai do início da Quaresma até o domingo que antecede a Páscoa.
Em 2010 o Fundo Ecumênico de Solidariedade será coordenado pelo Conselho Gestor das igrejas membro do Conic, e terá a gestão político pedagógica da Cáritas Brasileira e da Fundação Luterana de Diaconia. As mesmas se incumbirão do recebimento, análise e recomendações sobre os projetos apresentados ao Conselho Gestor Ecumênico e posteriores encaminhamentos.
Os projetos deverão ter vinculação direta com o tema Economia e Vida e estar voltados para os segmentos mais empobrecidos da sociedade brasileira. As organizações devem explicitar essa vinculação na justificativa e/ou na proposta do projeto, conforme orientação neste roteiro de projetos da CF 2010 Ecumênica.
Serão consideradas as propostas que visem mobilizar a sociedade em torno de alternativas para a superação das mais variadas formas de exclusões econômicas.

Acesse os critérios para o acesso aos recursos em www.fbes.org.br/?option=com_docman&task=doc_details&Itemid=18&gid=1139

Outras informações no site da Cáritas Brasileira (www.caritas.org.br) e da CNBB (www.cnbb.org.br).

Reunião Extraordinária CMS

CONVOCATÓRIA
Reunião Extraordinária CMS
Data: 19 de março (sexta-feira)
Hora: 9 horas
Local: CUT RS (Rua Barros Cassal, 283 - Porto Alegre)

segunda-feira, 15 de março de 2010

ENCONTRO DE MULHERES PARTEIRAS DE UMA OUTRA ECONOMIA

A Pastoral Operária de Soledade convida para:

ENCONTRO DE MULHERES PARTEIRAS DE UMA OUTRA ECONOMIA

“A GENTE NÃO NASCE MULHER, TORNA-SE MULHER”

(SIMONE BEAUVOIR)


DIA: 21/03/2010 (DOMINGO)

LOCAL: SALÃO PAROQUIAL DA IGREJA MATRIZ

HORÁRIO: 9 HORAS ACOLHIDA COM CAFÉ DA MANHÃ

TÉRMINO COM ALMOÇO



Neste mês em que comemoramos o dia internacional da mulher, vamos dedicar um dia especial só para nós.

Reunião Estadual da PO/RS


Ola companheiros e companheiras da PO/RS, estivemos nesse final de semana 13 e 14 de março, reunidos na Casa Comunitaria Alix em Cachoeirinha, com o colegiado estadual da PO, sendo as  coordenações regionais e secretaria estadual.

Trabalhamos com uma boa pauta, com foco em atividades pontuais, sendo elas:

FSM - avaliação da Particpação da PO nas oficinas;
Campanha contra a violência de Jovens no Mundo do Trabalho - PJ´s;
Seminário de Formação - EPS e vida;
Articulações da PO nas regiões;


Estiveram presentes: Clarice Dal Médico, Sandra Mendes,Jacira Kawiski, Mateus De Marco, Elisa Pedroso Ferreira, Juramar Vargas, Adelino Job, João Pedro filho da Clarice, Frei Orestes Serra;
Celebramos o Aniversário da companheira Clarice.

Próxima reunião da Coordenação: no mês de maio do corrente ano;

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pelo direito à Economia Solidária

Pelo direito à Economia Solidária
05 de março de 2010
Participe da coleta de assinaturas!


A cada dia cresce mais a quantidade de pessoas no Brasil que decidem se unir para praticar a Economia Solidária. Elas encontram, entretanto, enormes dificuldades se comparamos às empresas convencionais, por não haver um reconhecimento do Estado do direito ao trabalho associado e a formas organizativas baseadas na Economia Solidária
Por isso, o Conselho Nacional de Economia Solidária, com participação de representantes de vários setores da sociedade civil e do governo, elaborou uma proposta de Lei que cria a Política Nacional de Economia Solidária, além do Sistema e o Fundo Nacionais de Economia Solidária.
A sociedade civil tomou a iniciativa, então, de lançar a campanha de coleta de assinaturas para conseguirmos aprovar esta proposta como um Projeto de Lei de Iniciativa Popular. Para isso, precisamos de toda a mobilização possível em cada bairro, comunidade e cidade para conseguirmos a assinatura de 1% do eleitorado brasileiro, o que significa uma meta de aproximadamente um milhão e 300 mil assinaturas!
Veja abaixo as informações de como participar e contribuir para esta importante conquista visando a transformação do atual padrão de desenvolvimento e de economia!
Como coletar assinaturas?
Abaixo encontram-se o formulário de coleta de assinaturas e o texto da proposta de Lei. É preciso baixar estes arquivos e imprimir principalmente o formulário. Para economizar papel, sugerimos que a impressão seja feita em FRENTE E VERSO. Cada folha tem espaço para 7 assinaturas.

Só podem assinar pessoas que sejam eleitoras ou eleitores. E a assinatura só é válida se a pessoa inserir todos os dados: Nome completo, endereço, título de eleitor, zona e seção eleitoral, além da assinatura ou impressão digital conforme consta no seu título de eleitor.
A meta de assinaturas por estado é de 1% do eleitorado estadual.
Atenção: Cada folha deve ter assinaturas apenas de um município ou microrregião. Portanto, se você estiver coletando assinaturas em algum evento estadual, terá que ter em mãos várias folhas, uma para cada microrregião do estado. Se o evento for nacional, precisará ter apenas uma folha para cada estado, que já é suficiente.
Sugerimos a articulação com o Fórum de Economia Solidária mais perto de você. Os contatos dos Fóruns Estaduais e Microrregionais de Economia Solidária no Brasil podem ser acessados em:
www.fbes.org.br/foruns
As folhas assinadas devem ser enviadas à secretaria do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), no seguinte endereço:
SCS Quadra 6 Bloco A - Edifício Arnaldo Villares, sala 514
Brasília/DF – 70.324-900

CTMC - fábrica autogestionária - permanece em Canoas


Área doada pela prefeitura garante permanência da CTMC em Canoas

Uma área de 24 mil metros quadrados localizada no bairro Ozanan, mais precisamente no Rincãozinho. Esse local abrigará a Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas (CTMC). Na tarde dessa terça, 9, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, acompanhado de secretários municipais e vereadores, recebeu a diretoria da empresa e assinou a lei que autoriza o Executivo Municipal a efetuar a doação das terras à cooperativa.

A empresa que possui 478 funcionários e um faturamento anual de R$ 30 milhões correu o risco de sair da cidade e se instalar no município de Nova Santa Rita. A razão foi, segundo o prefeito Jairo, que até o fim de 2008 a prefeitura fez gestos contrários à permanência da entidade. ‘Não podemos aceitar que essa empresa que leva o nome de Canoas saia daqui. A CTMC é simbólica, um exemplo de gestão com solidez, que se refez pela luta dos seus trabalhadores”, afirmou.
Essa iniciativa foi o 1º projeto do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fundecan). Jairo Jorge destacou o papel decisivo dos vereadores que aprovaram esse projeto, após um debate intenso na Câmara de Vereadores. Ele também agradeceu o esforço da secretária de Desenvolvimento Econômico Simone Leite. Na tarde dessa quarta, 10, o prefeito irá à sede da empresa mostrar pessoalmente o documento assinado aos trabalhadores.
A CTMC:
A CTMC é uma empresa de metalurgia, constituída por trabalhadores autogeridos empenhados em ultrapassar cada um dos limites que existem entre as idéias e os projetos, entre os projetos e a realidade. Atuando no ramo metal-mecânico, projeta, fabrica e monta equipamentos industriais sob encomenda em aço carbono, aço inoxidável e aço-liga.Instalada em uma área construída de 6.700m², está equipada com pontes rolantes que permitem movimentar cargas de até 40 toneladas. A combinação de um parque fabril importante com a alta qualificação profissional de sua equipe faz da CTMC a melhor alternativa do sul da América Latina no fornecimento de equipamentos de grande porte e na prestação de serviços específicos nesta área.
Página da CTMC - uma fábrica autogestionária: http://www.ctmc. ind.br/novo/ index.php

sexta-feira, 5 de março de 2010

Seminario de Formação Economia Popular Solidaria e Vida



Público : Empreendimentos de EPS, Fóruns de EPS, entidades e gestores Publicos, movimentos e organizações sociais.

Objetivo: Debater o tema da CF 2010 na perspectiva da EPS e de um desenvolvimento solidário e sustentavel.
Ainda uma mostra de produtos da EPS, celebração ecumênica.


Data : 28 de Abril de 2010

Local: Auditório Dante Barone - Assembléia Legislativa

Programação:


9hs - Abertura - Dep. Dionilso Marcon - Presidente da CCDHAL; Pastor Ervino (CONIC); Paul Singer - SENAES; Maribel Kauffmann - Fórum de EPS.

10 hs- Painel : A Economia Popular Solidária como Práxis Pedagógica - Moacir Gadotti;

11:30 hs- Debate - plenária;

12:30 hs - Almoço

13:30 hs - Apresentação de experiências e práticas da EPS: Cadeias produtivas - Justa Trama; Comercialização Solidária - CAPA; Fundos Solidários - CÁRITAS; Marco Legal e Conferência de Economia Popular Solidária

17 hs - Enceramento - com mostra de Produtos da EPS e degustação no saguão do Auditório Dante Barone;


* Maiores informação : PO/RS, CÁRITAS-RS, AVESOL, FLD, IMS, Patuá comunicação responsável,


--
PO/RS
Secretaria Estadual PO/RS

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pão e Circo

Pe. Alfredo J. Gonçalves *

Adital -
Copa do mundo e eleições em 2010, novamente eleições e copa do mundo em 2014, preparação das olimpíadas de 2016: o cenário é de encher arquibancadas, movimentar ruas e praças, colorir as cidades de bandeiras e slogans. Farto material para ocupar as páginas dos periódicos e os espaços dos telejornais, bem como para gerar uma cacofonia sonora e eletrônica sem precedentes. Não é difícil imaginar o uso e abuso que a publicidade e a política podem fazer no terreno fértil de tantos eventos contínuos e fantásticos. Tampouco é difícil trazer à memória o que ofericiam os imperadores romanos no declínio de seu domínio. Desesperados, faziam da estratégia de pao e circo o último recurso para deter a queda inevitável.
Evidente que o Brasil não é um império! E menos ainda um império em ruínas! Ao contrário, na mídia em geral, nas previsões econômicas e até na avaliação de produtores e consumidores, predomina uma euforia demasiado otimista quanto ao futuro próximo e distante. Euforia que, nutrida pela propaganda governamental, tende a aumentar no decorrer do processo eleitoral. As descobertas de petróleo do pré-sal, os investimentos externos, o preço favorável das comidites, a retomada do crescimento, a popularidade do presidente Lula, entre outras coisas, constituem os ingredientes de um cardápio recheado, oferecido a um povo notoriamente acrítico e sedento de boas notícias. Estas, embaladas com o verniz da retórica e da demagogia, venham de onde vierem, irrigam diariamente a terra seca e árida.
Enquanto na antiga Roma a política do pão e circo era minada por uma situação econômica declinante e insustentável, no Brasil de hoje, de acordo com os porta-vozes do planalto central, ela se assenta numa economia sólida e em franca ascenção. É verdade que o panorama mundial globalizado não a exime completamente de possíveis turbulências, mas a posição cômoda do país em realação à recente crise financeira alimenta o fôlego dos projetos em curso. Dá para respirar com certa tranquilidade, alardear vantangem em relação aos governos anteriores, sonhar com um terceiro mandato disfarçado e vender ilusões a preços populares.
Mas tudo isso contém um vírus oculto e de dupla corrosão. Por uma parte, o crescimento econômico brasileiro, histórica e estruturalmente, mantém-se alicerçado em bases fortemente assimétricas. O clássico tripé de sua economia (Caio P. Júnior e Celso Furtado) - latifúndio, trabalho escravo e monocultivo de exportação - não representa apenas uma chave ou uma metáfora para entender o passado, mas também uma janela aberta sobre o presente. A política do latifúndio combinada com o incentivo ao agronegócio, estendida à agropecuária e à agroindústria, às telecomunicações, à indústria em geral e ao grande comércio, segue mais viva do que nunca. Isso sem falar dos lucros estratosféricos do setor financeiro, retaguarda especulativa dos mega empreendedores. Pobres das iniciativas da economia solidária!
O mesmo se pode dizer da metáfora do trabalho escravo. Estão de volta formas de trabalhoarcaicas e execradas, ao longo da história, pelas lutas operárias e camponesas. Basta percorrer o noticiário sobre o trabalho infantil, temporário, escravizado por endividamento - formas extremamente precárias, insalubres e infra-humanas. Quanto ao monocultivo de exportação, o Brasil continua enviado aos países centrais e emergentes toneladas e toneladas de minério, de madeira, de grãos, de carne; para não falar do etanol a serviço do transporte individual, um luxo num país onde os transportes públicos pouco avançaram em conforto e segurança.
Por outra parte, o tripé da economia nos leva a outra metáfora clássica, a da Casa Grande & Senzala (Gilberto Freire). A assimetria no campo da produção se reproduz na área social. O esquema se repete: condomínios fechados coexistindo com enormes favelas, edifícios de luxo dividindo espaço com os cortiços, carros de última geração trafegando lado a lado com ônibus precários e superlotados, serviços de saúde e educação privados em contraste com os públicos, a violência convivendo com sistemas de segurança altamente sofisticados, e assim por diante. O luxo suntuoso e o desperdício, por um lado, a miséria e a sobrevivência no lixo, por outro, caminham de mãos dadas. Semelhante cenário, entretanto, parece não oferecer maiores problemas: na democracia, as oportunidades estão abertas a todos!
Assim proclamam os donos do poder, para usar outra metáfora clássica da literatura polìtica brasileira (Raymundo Faoro). E enquanto dão asas livres ao neoliberalismo e ao mercado total, distribuem pão e circo para as populações de baixa renda. Estas, de olhos e estômago cheios, não dispõem de outra alternativa além de reverenciar e adorar seus eternos mitos. E depositar seu voto na urna, sem a menor possibilidade de uma escolha livre, autônoma e consciente.
Felizmente, em variados pntos do país, vão surgindo pequenas luzes. Canais alternativos de participação popular apontam para a possibilidade de um maior controle do poder e do orçamento públicos. Apontam também para uma democracia que não se limite a surfar nas ondas das intrigas políticas, mas tenha a coragem de mergulhar nas águas profundas das decisões econômicas. Por exemplo: o quê produzir? Para quem? Em que condições? Como fazer uma distribuição mais equitativa? Como dividir os excedentes e os lucros? O que significa fugir da tirania do crescimento a qualquer preço, em vista de um desenvolvimento justo, solidário esustentável? Como defender e prolongar com qualidade a vida humana no planeta, respeitando as demais formas de vida e a sobrevivência da própria Mãe Terra?
Eis as perguntas que uma verdadeira democracia, sem adjetivos, deve responder. Uma democracia onde o poder político seja orientado por princípios éticos e possa interpelar o sistema econômico mundializado. Uma democracia com os pés firmemente fincados no aqui e agora, e os olhos fixos num horizonte global e futuro. Uma democracia com mecanismos e instrumentos livres e autônomos, conscientes e plurais, blindada contra todas as formas de manipulação. Nos termos de Gramsci, trata-se de reforçar as organizações de base da sociedade civil, sem desconhecer a realidade da política partidária, mas sem se deixar arrastar pelo canto de sereia que costuma acompanhar seus discursos e promessas.



* Assessor das Pastorais Sociais.

Seminário de Formação Economia Popular Solidária e Vida

Campanha Nacional contra a violência e exterminio de Jovens

Campanha Nacional contra o Extermínio e Violência de Jovens

Campanha Nacional contra o Extermínio e Violência de Jovens

O que é a Campanha?


É uma ação articulada de diversas organizações para levar a toda sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil. Com isso, a Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte.


Como começou?


A Campanha nasceu da reflexão da 15ª Assembléia Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil (ocorrida em maio de 2008), fruto da indignação crescente dos/as delegados/as presentes naquela assembleia e da revolta ante ao crescente número de mortes de jovens no campo e na cidade, em todos os cantos do país.


Quem promove?


As Pastorais da Juventude do Brasil (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Livro: Romaria do trabalhador e trabalhadora no RS - História, formação, e mobilização social

203 - Romaria do/da Trabalhador/a no RS
História, Formação e Mobilização Social
Clarice Fátima Dal Médico
80 p.

O livro analisa a influência do processo de realização da Romaria, promovida pela PO, para a educação de lideranças e participantes desta ação social. O evento articula entidades de classe e lideranças em uma ampla discussão sobre a realidade socioeconômica dos trabalhadores gaúchos e traça metas de participação social e organização popular, tendo como fio condutor o seu processo de formação e conscientização.

Com grande votação, PEC Alimentação é aprovada

Com grande votação, PEC Alimentação é aprovada
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 047/2003, que inclui o Direito Humano à Alimentação entre os direitos sociais da Constituição Federal, finalmente foi aprovada em primeiro turno, pelo plenário da Câmara dos Deputados, em votação expressiva na noite desta terça-feira (03/11).

Atualmente, a Constituição prevê como direitos sociais (artigo 6º) a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.

Dos 513 deputados, 377 participaram da votação. O resultado foi: 374 votos a favor, 02 contrários e 01 abstenção. Agora, a matéria segue para ser votada em segundo turno, após intervalo regimental de cinco sessões da Casa. A tendência é que a aprovação seja confirmada em segundo turno. Após a segunda aprovação, a PEC finalmente será promulgada pelo Congresso Nacional.

A PEC Alimentação é de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). No Senado, a matéria foi aprovada em todas as instâncias e também pelo plenário em dois turnos. Toda proposta que altera a Constituição deve passar por quatro votações em plenário, sendo duas vezes na Câmara e duas no Senado, precisando de 3/5 dos votos favoráveis.

Antes mesmo de ser anunciado o resultado, com a expressiva votação favorável, os deputados se revezavam na tribuna, defendendo a proposta. "Este era um débito que esta Casa tinha com o povo brasileiro há 21 anos", disse o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), presidente da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional. "Esta Casa, portanto, está de parabéns", disse ele, que foi bastante saudado pelos seus colegas.

"A luta faz a lei", disse o deputado Chico Alencar (PSol-RJ), exibindo com uma mão a camiseta da campanha Alimentação, direito de todos. "Mas não basta votar, nós temos que fazer isso sair do papel e entrar para a vida", defendeu ele. "Nós temos que lutar agora pela segurança alimentar do nosso país, combatendo a 'McDonaldização' e oferecendo educação alimentar desde os primeiros anos escolares", afirmou.

Quem também festejou o resultado foi a deputada Emília Fernandes (PT-RS), uma das maiores defensoras da proposta na Câmara. Vestida com a camiseta da campanha, ela afirmou: "Agora, a alimentação passa a ser um compromisso de Estado, um direito que está acima de partidos, acima de governos e ideologias; agora, a alimentação é um compromisso de todos os entes federativos, a União, os Estados e os Municípios".

O único parlamentar que discursou "contra" a proposta foi o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Ele disse que votou a favor da proposta, mas ressaltou que isso não vai ter efeitos práticos para a população. "Se tivesse algum efeito, nós teríamos respeitados os direitos à educação, à saúde, ao trabalho e à segurança neste país".

O presidente do Consea, Renato S. Maluf, reconhece que a simples inclusão da alimentação na Constituição, por si só, não vai representar a solução de todos os problemas no âmbito da segurança alimentar, mas vê a aprovação da proposta como um passo importante. "A inclusão da referência explícita irá fortalecer o conjunto das políticas públicas de segurança alimentar em andamento", avalia. "Da mesma forma, isso pode evitar retrocessos".

Quem também vê pontos positivos na aprovação da proposta é advogada Valéria Burity, que integra a Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (Abrandh). "A aprovação da PEC é importante tanto do ponto de vista político como do jurídico", disse ela, em audiência pública na Câmara dos Deputados. "Ao ser inserida no texto constitucional como um direito, a alimentação ganha o status de fundamental, pois estará na norma fundamental, e passará a ser uma cláusula pétrea", afirmou.

Marcelo Torres - Assessoria de Comunicação Consea

A QUEM SERVIR: A DEUS OU A MAMONA ?


Valter Luiz Lara
Reflexão à luz de Mateus 6, 24.
In: Vida Pastoral, março-abril de 2010

A palavra do texto grego original não é dinheiro; mais precisamente é Mamona. O que isso significa? Por que Jesus teria usado Mamona, uma vez que essa palavra é transcrição grega de palavra aramaica para se referir a dinheiro?
Mamon, em sua forma substantiva, não é exatamente dinheiro na forma específica de moeda, como lépton, denário, assarion, dracma ou argyrion, mina ou talento. Não é palavra que serve para designar genericamente qualquer moeda ou o que mais proximamente traduziríamos como dinheiro.
Mamon é nome próprio de um dos deuses do panteão variado da cultura pagã o Oriente antigo, mais precisamente da Síria. Ele representa o culto ao dinheiro com expressão de riqueza. É o representante sírio de deus responsável pela riqueza, cujo culto tem como objetivo favorecer o enriquecimento de seus adoradores e, por conseguinte, a manutenção e reprodução do sistema comercial monetário que lhe está pressuposto.
Sendo assim, deparamos agora não apenas com o agir individual de sujeitos que devem simplesmente rejeitar esta ou aquela moeda, escolher entre o uso do dinheiro para este ou aquele determinado fim e o serviço a Deus. Afinal Jesus não está se referindo ao preço justo do trabalho que deve ser pago (normalmente em dinheiro) ao trabalhador. Em algumas parábolas , ele mesmo admitiu que devia ser pago salário justo ao trabalhador da última hora (Mt 20, 1-16). Portanto, o que está em jogo em Mt 6, 24 é a rejeição contundente de um sistema cujo deus não é Iahweh, pois não persegue a lógica da justiça distributiva e da reciprocidade de dons provenientes do trabalho, capaz de suprir igualitariamente o sustento da família, do clã e da comunidade.
O dinheiro personificado como deus Mamon representa o sistema cuja moeda governa a vida e a morte das pessoas. Na ótica de Jesus e de seus discípulos, esse deus é iníquo. Esse “Mamon-dinheiro” é dispensável. Sem ele pode-se muito bem tocar a vida segundo os princípios da dádiva e da reciprocidade distributiva: “Não leveis ouro, nem prata, nem cobre nos vossos cintos, nem alforje para o caminho,nem duas sandálias, nem cajado, pois o operário é digno do seu sustento” (Mt 10, 10). A alternativa apontada é o sistema econômico das pequenas aldeias. Sem a interferência do sistema monetário, a justiça desejada por Iahweh flui muito melhor.
Desse modo, podemos afirmar que Mt 6, 24 impõe uma escolha: o serviço de dois senhorios, de dois deuses, de duas lógicas e, por isso mesmo, de dois absolutos da vida. A linguagem é religiosa, embora o foco seja econômico. Está pressuposto pela sentença disjuntiva (ou “a” ou “b”) – a escolha de um exclui o outro. Nessa linha, Jesus segue a tradição dos profetas que criticam duramente o sistema econômico tributário e comercial em vigor nas cidades, causa do sofrimento e violência contra os pobres (Am 2, 6; 5, 11-12; Is 5, 8).
O sentido profético e profundamente atual das palavras de Jesus está no discernimento necessário que temos de fazer do sistema de produção de nossas vidas tanto do ponto de vista material como do ponto de vista ético e espiritual. Pois a miséria é um problema ético e espiritual par aos que não são miseráveis, embora para os primeiros seja um problema material de sobrevivência. O discernimento é este: como queremos organizar a economia e, com base nela, nossa vida como um todo? O nosso mundo vive em crise e ultrapassa bem mais os limites do que se chamou de crise financeira. Sem cair no lugar-comum, é preciso admitir: a crise realmente é de valores. Precisamos decidir a quem, de fato, queremos servir. A crise financeira é apenas a ponta do iceberg. Alguns dizem que saímos dela, mas a qualquer momento podemos vê-la retornar, sobretudo porque não foram corrigidas e alteradas as causas que provocam (escrevo em setembro de 2009). O fato é que os mais pobres foram afetados profundamente e os dados mostram o avanço da fome e da indigência em todo o mundo.
Neste momento, novamente temos a oportunidade de decidir se queremos servir à lógica do sistema que privilegia o mercado financeiro e o desenvolvimento completamente cego aos limites das possibilidades dos recursos naturais ou se vamos organizar novas lógicas de solidariedade cuja finalidade seja suprir, em primeiro lugar, as necessidades reais da população mais pobre do planeta. É preciso decidir logo, caso contrário, corremos o risco de escolher o deus errado, um ídolo que nos conduzirá à destruição da própria vida. O momento exige de nós, conforme Mt 6, 24, o testemunho de fé em favor do serviço ao Deus da vida. Em outras palavras, significa ter coragem de testemunhar alternativas e esperanças de outro mundo realmente é possível.

Assédio moral é CRIME!

Assedio moral não e só o ato de assediar sexualmente o / a funcionário/a, mas e atitude de humilhar a pessoa na frente de outras. Geralmente e praticado por alguém com poder de trabalho como o dono da empresa, gerente encarregado, capataz, etc.
E imposto sobre o empregado/a que possa representar “perigo” a autoridade, como: ter divergência ideológica, filosófica, religiosa, étnica e ate mesmo, opção sexual, dentre outras “motivações”. Configura-se como assedio moral, qualquer conduta abusiva (gestos, palavras, escritos, comportamentos...) realizada de forma intencional, que fere a dignidade e integridade física e/ou psíquica de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.

Veja algumas atitudes, entre muitas outras, que se caracterizam como assedio:
• Dar instruções confusas ao/a trabalhador/a
• Atribuir erros imaginários ao/a funcionário/a
• Exigir, sem necessidades, trabalhos urgentes.
• Sobrecarregar de tarefas
• Criticas ou brincadeiras de mau gosto (apelidos, piadas).
• Ignorar a pessoa ou não lhe dirigir a palavra
• Retirar instrumentos de trabalho
• Realizar revistas vexatórias
Tais procedimentos e outros não elencados têm ocorrido com o objetivo de forçar o/a trabalhador/a pedir demissão, principalmente neste momento em que crescem as dispensas, com a desculpa de “crise”.
Geralmente o agressor/a alega estar querendo “ajudar...”.
Alguma providencia recomendadas para as vitimas são: evitar ficar sozinhas, não conversar sozinhas /os com o agressor/a; procurar testemunhas e, conforme o caso, recorrer a policia, Ministério Público, sindicato, e registrar a ocorrência.




Mateus De Marco
Pastoral Operária - RS

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lançamento do Livro das Romarias do trabalhador e da trabalhadora

Pastoral Operária na 33ª Romaria da Terra

Relato - Seminário e Acampamento das PJs do RS e 33ª Romaria da Terra

Com o lema: “Quilombos: Terra, Trabalho e Inclusão”, ocorreu no dia 16 de fevereiro (terça feira) de carnaval a 33ª Romaria da Terra,na cidade e diocese centenária de Santa Maria no Parque Santuário de Nossa Senhora Medianeira no centro de Santa Maria(RS).
A romaria foi procedida pelo "Acampamento Quilombola",preparado pela CPT, Diocese de Santa Maria,Movimento Negro Unificado( MNU),Agentes de Pastoral Negros(APNs),nos pavilhões da Cooperativa Esperança,que conversaram sobre a questão quilombola no estado,e o "Acampamento da Juventude", no parque da Medianeira,organizado pelas Pastorais da Juventude(PJR, PJE, PJMP, PJ, IPJ),onde os jovens conversaram sobre o"extermínio de jovens e a questão do trabalho",nos dias 14 e 15 de fevereiro.
A PO esteve presente no acampamento e seminário estadual das PJs, colaborando com a temática do Acampamento e seminário, Chega de Violência e extermínio de jovens, com ênfase no mundo do trabalho. Mateus fez uma memória da PO no Brasil e no RS, após entrou no Agir, levando a proposta da Economia popular e Solidária como alternativa as violências cometidas nos locais de trabalhos. Sendo os Jovens as maiores vitimas de violência no mundo do trabalho. Teve o lançamento do livro: "Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora do Rio Grande do Sul" de Clarice Fátima Dal Médico da Pastoral Operária, pela editora Oikos, foi anunciado pelos integrantes da PO Rs, Frei Orestes e Mateus de Marco. Nos pavilhões teve a feira dos empreendimentos de economia popular solidária.
No palco que se torna inter religioso, se encontram a babalorixá Carmem, os bispos D.Hélio Rubert( Santa Maria),D.Sinésio Bohn( Santa Cruz do Sul), D. Gilio Felicio ( Bagé),D. José Mario Stroeher( Rio Grande),Irmã Lourdes Dill do projeto Esperança,representantes dos quilombos e o prefeito municipal Cezar Shimer (PMDB).
Após as saudações da babalorixá Carmem,da representante dos quilombos,do prefeito Cezar Shimer e de D. Hélio Rubert, teve uma linda encenação apresentado por representantes dos movimentos quilombolas urbanos e rurais de Santa Maria.
Após as saudações a via sacra do povo em sentido ao Parque,com quatro paradas,onde milhares de romeiros e romeiras,meditaram e rezaram sobre o sofrimento dos pobres da terra,do povo negro,sobre o extermínio de jovens pelas drogas e violência e sinais de ressurreição como a organização popular,simbolizado pelo Projeto Esperança. No trajeto foram lembrados os mártires como o sem terra Elton Brum da Silva,Zumbi,Ir.Dorothy Stang e Ir Adelaide Molinari. Em frente a procissão foi um grupo de capoeirista e no meio a cruz que foi carregada por todos os romeiros.
No santuário foi rezada a Santa Missa por D. Alessandro Ruffioni, D.Hélio Rubert, D.José Mario, D.Sinésio Bohn, a leitura do evangelho foi feita pelo Pe. Eleutério Conrado Junior e a pregação a cargo de D. Gilio Felicio e com celebrada por um bom número de padres, foi lida a carta da CNBB em apóio e defesa dos quilombolas. A tarde apresentações culturais, que foram desde música sacra ao hip hop, pronunciamento de militantes do movimento quilombola,negro,via campesina e do romeiro Olivio Dutra,que participa desde a primeira romaria da terra.
Nos pavilhões teve a feira dos empreendimentos de economia popular solidária.
E foi denunciado a política da direita em tornar inconstitucional o decreto 4.887,que"reconhece como legitima das comunidades quilombolas as terras em que estão. Os romeiros e romeiras,junto com os movimentos sociais do campo e da cidade,se comprometem em lutar em defesa das comunidades quilombolas e contra o extermínio da juventude e em defesa de um novo modelo de inclusão.
Por Lazaro Torma e Mateus de Marco – PO RS